SUBMISSÃO ENCERRADA
SUBMISSÕES PARA EDIÇÃO 12
Edição 12 - Dramaturgia(s) - 2024
A fim de incentivar o envio de artigos, a revista decidiu estabelecer um novo prazo para submissão: 17 de março de 2024.
A Revista Poéticas e Políticas do Corpo receberá, sem taxa de submissão ou publicação, trabalhos inéditos dentro do escopo Dramaturgia(s). O periódico é independente, semestral, online e com avaliação às cegas por pares, e abarca pesquisas nos campos do Teatro, da Dança e da Performance e seus diálogos transversais.
Dossiê temático: Recebemos Artigos, Ensaios, Entrevistas, Poéticas, Resenhas e Tradução, de acordo com o assunto exposto no chamamento de cada edição.
Dramaturgia(s)
Refletir acerca da diversidade estética e ética do corpo sempre foi um dos objetivos da Revista, celebramos o nome Poéticas e Políticas do Corpo com o convite à reflexão acerca das múltiplas dramaturgia(s) da cena contemporânea a ser publicado em 2024.
A dramaturgia cria discursos, e, portanto, revela lugares de fala, abarcando um conjunto de experiências que são, ao mesmo tempo, estéticas, biográficas, poéticas e políticas. Nas últimas décadas, o conceito de dramaturgia expandiu para dar conta das muitas dramaturgia(s) criadas no campo das artes da cena. Os cânones deram passagem para uma lógica própria que opera dentro de cada processo criativo e/ou pedagógico. Essas experiências formam dramaturgos e dramaturgistas a partir das próprias práticas e contextos de enunciação, em um percurso guiado pelas necessidades de cada criação.
Com este chamado, pretendemos refletir não apenas a diversidade de formatos e linguagens que constituem a cena contemporânea, mas, principalmente, os modos de pensar-criar dramaturgia, seus procedimentos e estratégias, o olhar para o corpo e tudo que envolve as poéticas de um processo criativo até chegar a sua organização em formato de obra cênica (dança, teatro ou performance).
Na cena contemporânea, o corpo é elemento da dramaturgia - não mais com a incumbência de criar ilusão, como no drama - de partida, sua presença carrega questões de raça e gênero. No contexto das dramaturgias autorais, comumente, os intérpretes ainda emitem enunciados próprios, atravessados por questões sociais e de classe. Como preparar os corpos para a realidade da cena contemporânea? Quais são as estratégias metodológicas de formação e criação? As práticas hegemônicas dão conta de levar à cena um corpo poético-político?
Interessa-nos trazer para o debate a multiplicidade de práticas dramatúrgicas e suas perspectivas metodológicas e epistemológicas, a partir de uma concepção crítica e, possivelmente, decolonial.
Valquiria Vieira
Dezembro/2023